Quando o Bebê está Doente, Ele Não Quer Comer?
A recusa alimentar em bebês durante períodos de doença é algo bastante comum e, na maioria dos casos, temporário. Isso acontece porque o corpo do bebê está direcionando energia para combater a infecção ou mal-estar, e a redução no apetite é uma reação natural. No entanto, é importante que os pais saibam como lidar com essa situação de forma tranquila e estratégica, garantindo que o bebê receba a nutrição necessária para sua recuperação.
O Papel da Consistência na Oferta Alimentar
Mesmo diante da recusa alimentar, é fundamental que os alimentos continuem sendo oferecidos de forma consistente e sem pressão. É comum que, em um dia inesperado, o bebê surpreenda os pais ao aceitar a comida. Essa aceitação está diretamente ligada à consistência das ofertas realizadas em intervalos regulares de 2 a 3 horas.
Permita que o bebê interaja com o alimento, mesmo que ele não esteja disposto a comê-lo naquele momento. Tocar, cheirar, ou até esmagar o alimento com as mãos são experiências sensoriais importantes para o aprendizado e a dessensibilização. Esses momentos contribuem para uma relação mais positiva com a comida no futuro.
Dicas para Estimular a Alimentação Durante a Doença
✔ Respeite a aceitação do bebê:
Ofereça os alimentos habituais da criança, mas respeite o quanto ela consegue consumir. Forçar a alimentação pode criar uma associação negativa com o momento das refeições.
✔ Aposte nos alimentos preferidos:
Priorize os alimentos que o bebê já gosta, desde que sejam saudáveis. Frutas como banana, mamão e maçã cozida, ou alimentos de textura macia como purê de batata ou abóbora, podem ser mais atraentes para o bebê nessa fase.
✔ Ofereça pequenas quantidades:
Fracionar as refeições em porções menores e aumentá-las em frequência ao longo do dia pode facilitar a aceitação. Por exemplo, em vez de oferecer três refeições grandes, experimente oferecer cinco ou seis pequenas.
✔ Incentive a hidratação:
Se o bebê estiver com febre ou diarreia, é essencial oferecer líquidos com mais frequência para evitar a desidratação. Água, leite materno (ou fórmula, se for o caso) e soluções de reidratação oral são boas opções. Esses líquidos podem ser oferecidos antes, durante ou após as refeições.
Alimentos que Podem Ajudar
Durante a doença, os bebês tendem a preferir alimentos mais leves e de fácil digestão. Aqui estão algumas sugestões:
- Frutas macias: Banana, mamão, pera madura ou maçã cozida.
- Vegetais amassados: Abóbora, batata-doce, cenoura ou chuchu.
- Fontes de proteína leves: Frango desfiado ou carne bem cozida e amassada.
- Alimentos reconfortantes: Purê de batata, caldo de legumes ou sopas leves sem temperos fortes.
A Importância de Manter a Calma
É essencial lembrar que a recusa alimentar durante a doença é temporária. Ao criar um ambiente tranquilo, sem pressão e com estímulos positivos, os pais ajudam o bebê a se sentir mais confortável. O mais importante é garantir que ele continue hidratado e que receba pequenos estímulos para retomar a alimentação no seu tempo.
Se a recusa alimentar persistir por muitos dias ou for acompanhada de sinais preocupantes, como perda significativa de peso ou desidratação, é fundamental procurar orientação médica.
É idealizadora dos métodos de alimentação infantil Mamães e Bebês Satisfeitos e o De Volta à Mesa, e sua missão é ajudar as mães com bebês na fase de introdução alimentar e reverter a seletividade alimentar de crianças que não querem comer.
Formada em Nutrição há 18 anos, com experiência clínica no atendimento de mais de 20.000 crianças, guiando seus pais com seu método inteligente de alimentação de bebês e de crianças com dificuldades alimentares, frequentou cursos, capacitações com as melhores referências mundiais na área da Nutrição Infantil.
Certificada no método Get Permission Approach, Curso Avançado em Introdução Alimentar Participativa e BLW, Personal Diet Baby, Mestre e Doutora em Cardiologia. Atuou por alguns nutrição clínica em consultório, mas foi em 2016, com o nascimento do seu filho Alonso, que ela se apaixonou pela Nutrição Infantil e desde então vem atuando nessa área. Com toda a sua vasta experiência, é na prática, mãe de dois meninos que amam o momento da refeição, sendo referência para as mães do Brasil e do mundo que a acompanham.