Meu filho engole o choro! O que fazer em casos de espasmos do choro

Meu filho engole o choro! O que fazer em casos de espasmos do choro

Quando se trata da saúde e bem-estar dos nossos filhos, nós mães sempre estamos atentas a qualquer sinal de preocupação. Um desses sinais que pode causar grande alarme é quando uma criança parece engolir o próprio fôlego enquanto chora. Seu filho já fez isso?

Este fenômeno é conhecido como os Espasmos do Choro, e embora possa parecer assustador, na maioria dos casos não é motivo para pânico. 

 

O que são os Espasmos do choro?

Os Espasmos do Choro, também chamados de Apneia do Choro, são episódios breves e involuntários de pausa na respiração que ocorrem em bebês e crianças pequenas durante um choro intenso. Durante esses episódios, a criança pode parecer estar engolindo o próprio fôlego, o que pode ser extremamente angustiante para os pais testemunharem.

Eles ocorrem principalmente quando a criança é contrariada ou perante uma frustração, começa a chorar, segura a respiração e pode ter perda da consciência. Esta perda da consciência pode ser breve, retomando o choro ou ser mais prolongada. Costumam durar menos de 1 minuto e a sua frequência é muito variável, podendo acontecer várias vezes por dia, ou apenas uma vez por ano.

 

Espasmos de choro cianóticos

Durante esses episódios, a criança chora intensamente e pode ficar azulada ou cianótica devido à falta de oxigênio. Esses episódios geralmente são desencadeados por uma emoção forte, como susto, frustração ou ansiedade. Após o choro intenso, a criança pode parar de respirar brevemente, o que pode resultar em uma palidez temporária ou em uma tonalidade azulada na pele.

 

Espasmos de choro pálidos

Nesses episódios, a criança também chora intensamente, mas em vez de ficar azulada, ela pode ficar pálida. Da mesma forma que nos espasmos de choro cianóticos, esses episódios geralmente são desencadeados por emoções fortes. Após o choro intenso, a criança pode ficar pálida devido à diminuição do fluxo sanguíneo para a superfície da pele.

 

Por que ocorrem?

A causa exata dos Espasmos do Choro ainda não é totalmente compreendida, mas é mais comum em crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. 

Alguns especialistas acreditam que esses episódios estão relacionados ao sistema nervoso imaturo da criança e podem ser desencadeados por uma combinação de fatores emocionais, como raiva, frustração ou medo, além de uma rápida respiração enquanto chora.

A falta de ferro e a história familiar quando se sabe que um dos pais tinha esse comportamento, também podem estar associados a um aumento da frequência destes episódios.

 

O que fazer se o meu filho apresentar os Espasmos do Choro?

Embora possa ser alarmante ao ver seu filho passar por um episódio de Espasmo do Choro, é importante manter a calma, pois eles são geralmente inofensivos e passageiros. Manter a calma ajudará a acalmar seu filho mais rapidamente.

O ideal é deitar a criança de lado, num local seguro, não abanar a criança, não colocar nada dentro da boca nem atirar água e retomar as atividades normalmente após o episódio, sem alarmar a criança. 

 

Tratamento 

Não existe nenhum tratamento para prevenir ou “curar” os espasmos de choro, eles tendem a desaparecer de forma espontânea com o tempo. No entanto, nos casos em que os espasmos de choro estão relacionados com a anemia por deficiência de ferro, a suplementação reduz a frequência e a intensidade destes episódios.

Embora os espasmos de choro estejam associados a experiências e emoções negativas, eles são mecanismos involuntários e não “birra”da criança. Quando a criança  apresenta este comportamento,  os pais podem começar  a ser permissivos e não  colocar limites, evitando  repreendê-las, com medo que isso cause um novo episódio, o que pode conduzir a problemas de comportamento no futuro.

 

Conclusão

Os Espasmos do Choro são assustadores para os pais, mas na maioria dos casos, são inofensivos e passageiros. Mantenha a calma, evite dar extrema atenção  e monitore de perto os episódios, sem pegar no colo ou outras atitudes, apenas observe sem deixar que a criança perceba  que isso  desestabiliza o emocional dos cuidadores. Se você tiver alguma preocupação, procure orientação médica. Com a orientação adequada, você pode ajudar seu filho a passar por esses episódios de forma segura e tranquila.

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