A construção do amor entre mãe e filho

A construção do amor entre mãe e filho

“Você só vai saber o que é amor quando tiver filhos”. 

Tenho certeza que você já ouviu frases como essa ou como “a maternidade é a fase mais linda”. Existe uma romantização em torno da maternidade em relação a muitas coisas, inclusive sobre o amor materno “aquele amor que dói”. Mas o fato é que, muitas famílias, quando recebem o bebê, não sentem esse amor que as pessoas dizem. O amor não é inato.

Quando isso acontece, muitas mães se sentem culpadas, envergonhadas ou inadequadas, pensando que elas são a pior pessoa do mundo. A verdade é que o amor é um sentimento e todo sentimento é construído, todo amor leva tempo. Assim é quando um casal se conhece ou amigos se encontram na vida e por quê seria diferente na relação mãe-filho? 

A mãe não necessariamente vai amar “violentamente” ou “não pensar em outra coisa senão no filho”. É claro que amar não é igual para todos, essa experiência é singular, única e cada uma sentirá de uma maneira.

O que precisamos saber é: existem atitudes e sentimentos que podem influenciar na construção desse amor. Por exemplo, o medo de perder esse bebê ou já ter passado por alguma experiência nesse aspecto pode influenciar na maneira como a mãe se conecta com o bebê. Ela pode demorar um pouco mais a esquecer os pensamentos intrusivos e negativos em relação a esse medo. Mas não significa que ela não ama o bebê ou não irá amar.

Outro ponto a ser comentado é que existem formas de amar. Na Europa, por exemplo, as mães não possuem a cultura de amamentação a longo prazo como aqui no Brasil. E isso não significa que elas não amem seus filhos, mas que existem maneiras diferentes de demonstrar amor e se vincular o bebê.

Muitas mães passam por esse sentimento de dúvida sobre o amor quando o bebê nasce, mas isso não significa que você é uma mãe ruim. Viva esse momento de forma leve, você e seu bebê ainda estão se conhecendo, é tudo muito novo. Você pode ter muitas expectativas a respeito desse momento do encontro entre vocês, mas se permita viver o agora também!

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