O Encontro com a Culpa
Eu já me encontrei com ela. Por incontáveis vezes, a culpa tomou conta da minha mente e dos meus pensamentos. Frequentemente, ela ainda me faz uma visita e, para ser sincera, eu não gosto quando ela chega.
Sempre de mansinho, com um pensamento “bobo”, como quem não quer nada. Sorrateira, ela me diz: “você não é boa mãe”, “você não deveria fazer assim”, “você não é suficiente”.
Quando me dou conta, ela está inundando meu coração e minha mente de pensamentos onde minha vida não é nada daquilo que eu tenho em minhas mãos.
“Nasce uma mãe, nasce uma culpa”.
A culpa é fruto daquilo que não fomos ou não somos e ela só existe porque nos comparamos. Com outras mães, com quem fomos um dia, com alguém que temos convívio ou com quem gostaríamos de ser daqui a cinco anos. Se você está lendo esse artigo, tenho certeza que em algum momento da sua vida você já se sentou no banco dos réus.
Talvez por não conseguir ser tão presente, por se sentir cansada, por não se sentir feliz com os desafios da maternidade, por querer ter um momento só seu. Ou por querer fugir e levar os filhos juntos (risos).
Mas sabe de uma coisa? Você é suficiente!
Em muitos dias, eu sei que parece que nada do que você faz é o bastante, tudo parece estar fora do lugar. Você está dando o seu melhor. Aceite as suas imperfeições.
Quando a culpa te fizer uma visita, apenas diga “eu sei que não sou perfeita, mas esse é o melhor que eu consigo ser e é suficiente”.
Juliana Godinho, psicóloga formada há 5 anos, casada com o Rafael há 8 anos, mãe da Rebeca (2 anos) e Analice (2 meses). Após me tornar mãe, encontrei nesse universo o meu propósito de vida: ajudar outras mães a se reencontrarem, servindo com meu conhecimento e experiência.